Antes que o processo de coaching comece na prática, é preciso que coach e coachee estejam não só comprometidos em realizar o processo, mas também de acordo com as condições necessárias e protegidos contra possíveis mau entendidos, exigências não cabíveis ou imprevistos.
Por isso, o contrato de coaching é um documento indispensável para o início da relação entre o coach e o seu cliente. Nele devem estar descritos todos os direitos, deveres do profissional que aplicará o processo de coaching e, também, os do seu coachee.
Neste artigo você vai conhecer outros aspectos importantes sobre o contrato de coaching, como elaborar, o que deve constar e o que se deve evitar colocar no documento.
Como fazer o contrato de coaching?
O contrato de coaching pode ser redigido pelo próprio coach, sem a necessidade de um advogado ou de seguir um modelo pronto de termo de prestação de serviços.
A atividade de coaching não é regulamentada no Brasil e o exercício da profissão é totalmente livre. É necessário observar, claro, questões éticas profissionais, porém não há qualquer tipo de obrigatoriedade ou de proibição legal em relação aos contratos de coaching firmados entre um coach e um coachee ou entre coach e grupo de clientes.
Não é preciso seguir um modelo formal de contrato, com as chamadas cláusulas, nem mesmo ter um número mínimo ou máximo de palavras ou páginas. Quanto mais objetivo, melhor, mas é importante ter atenção quanto as informações que devem ser explicitadas.
O contrato de coaching pode ser escrito de forma simples, dividido em seções ou intertítulos para fins de organização e para facilitar a consulta de informações.
Caso o processo de coaching seja aplicado presencialmente, o contrato pode ser entregue e assinado pessoalmente, antes de o cliente realizar o primeiro pagamento.
Se o atendimento for online, você pode solicitar para o coachee imprimir, assinar e enviar o contrato de coaching assinado. Ele pode escanear ou até mesmo tirar uma foto com o celular.
O que é importante ter?
Apesar de o contrato de coaching ser um documento que dispensa rigidez ou forma fixa, é importante observar alguns pontos relevantes que devem ser incluídos em acordos para a aplicação de processos de coaching em qualquer nicho.
Para garantir a validade do contrato, em termos jurídicos, é importante que constem nomes completos e o número de algum documento, como RG ou CPF, das duas partes envolvidas.
A descrição da dinâmica do processo de coaching, escrevendo resumidamente o que é o coaching e o que não poderá ser feito pelo coach, bem como a duração das sessões e quantidades contratadas devem estar presentes no contrato.
O procedimento de marcação, remarcação ou cancelamento de sessões também devem estar explicitados, em detalhes, para evitar problemas futuros. Por exemplo, você pode deixar claro que o coachee precisa cancelar uma sessão até X horas antes do horário da sessão, ou se caso o coachee não comparecer, este perderá o agendamento da sessão. Deixe claro, qual é o procedimento para solicitar a remarcação de sessão.
Outro item importante é a confidencialidade das informações. O coach precisa deixar o coachee seguro que nenhuma informação será compartilhada sem a permissão do cliente.
Formas de pagamentos e possibilidades de reembolso também devem ser descritas no contrato de coaching. Aplicações de descontos e detalhes importantes como compensação de pagamento por boleto, por exemplo, também devem ser inclusas.
O que um contrato de coaching não deve ter?
Além de observar os elementos fundamentais que devem constar em um contrato de coaching, é importante ter cuidado para não incluir alguns dados ou características que podem dificultar o entendimento do teor do documento ou causar algum inconveniente.
O contrato de coaching não deve ser escrito da mesma maneira que são criados os outros termos de compromisso para outros fins, como contratos de aluguel ou de prestação de serviços de consultoria, por exemplo. Ou seja, em primeiro lugar, não se deve redigir em linguagem jurídica ou formal. O contrato de coaching deve ser bastante claro e amigável, de forma que qualquer cliente entenda as suas condições e se sinta confortável com o seu aceite.
É importante, também, ter uma cautela especial ao escrever sobre eventuais consequências que o coachee poderá sofrer pelo descumprimento de um dos itens do contrato.
Não incluir palavras mais severas como “penalidade” ou “multa”, por exemplo, ajuda a evitar que o coachee sinta receio em aceitar o contrato de coaching por conta da sua rigidez ou do risco de sofrer prejuízos financeiros.
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