O coaching é uma grande ferramenta de desenvolvimento humano que passa por constante evolução. Muitas vezes, pode ser aplicada em conjunto com outros métodos e práticas dando origem a uma nova metodologia de coaching mais específica e aprofundada, como é o caso do neurocoaching.
Um processo de coaching que usa os princípios básicos da neurociência pode melhorar os estímulos ao sistema nervoso central, principalmente ao cérebro, a fim de aproveitar ao máximo o potencial de inteligência do coachee, dentre outros grandes benefícios.
Conheça mais sobre as vantagens e o funcionamento de um processo baseado no neurocoaching ao longo deste artigo.
Como funciona o neurocoaching?
Um processo de neurocoaching é aplicado da mesma forma que qualquer processo de coaching. Ou seja, é dividido em sessões, geralmente 10, e em cada uma delas o coach aplicará a ferramenta adequada ao estado desejado do seu cliente (coachee).
Essas ferramentas são baseadas em perguntas poderosas, que tem por objetivo aumentar a motivação e o autoconhecimento do coachee para que ele tome as decisões certas que o levarão ao cumprimento das suas metas, que, por sua vez, aproximarão o indivíduo do seu objetivo final.
A diferença entre o neurocoaching e um processo de coaching convencional é que as perguntas aplicadas são feitas de acordo com os princípios da neurociência. Isso quer dizer que cada questão é elaborada e apresentada ao coachee de forma a estimular e aumentar as suas capacidades cognitivas, criativas, emocionais e racionais.
O neurocoaching é baseado, principalmente, em dois ramos da neurociência: a cognitiva e a comportamental. A neurociência cognitiva estuda os fenômenos de aprendizado, memorização e raciocínio. Já a neurociência comportamental tem por objetivo compreender como as emoções, pensamentos e influências moldam as atitudes do indivíduo e a sua relação consigo mesmo e com as outras pessoas.
Quais são os benefícios do neurocoaching?
O primeiro benefício notável em uma sessão de neurocoaching é, geralmente, o autoconhecimento do coachee em um nível mais profundo do que acontece quando outras metodologias são aplicadas.
Isso ocorre porque a aplicação da neurociência permite que se extraia com mais eficiência todas as informações contidas no cérebro, inclusive em nível inconsciente.
O objetivo de um processo de coaching não é buscar o controle e a cura por processos inconscientes do passado, como na terapia psicológica. No caso do neurocoaching, é feito um estímulo que gera insights e lembranças para despertar as informações armazenadas no inconsciente, mas com o objetivo de usá-las para impulsionar as atitudes certas do coachee em relação aos seus objetivos pessoais ou profissionais.
Ou seja, a psicologia usa técnicas de neurociência para trabalhar com o inconsciente focando na tradução do passado. O neurocoaching trabalha o inconsciente (além do consciente) para ajudar o coachee a mudar o seu estado atual e atingir um estado desejado no futuro, que pode ser bem próximo ou a longo prazo.
Outra grande vantagem do neurocoaching é o aumento da inteligência emocional do coachee, fazendo com que ele lide melhor com os seus medos, inseguranças e elimine crenças limitantes com mais facilidade.
Esse controle emocional facilita, também, para que se tenha mais clareza na tomada de decisões e para reduzir o estresse e a ansiedade, que costumam interferir no desenvolvimento do processo de coaching.
A motivação estimulada pelo coach através de perguntas baseadas na neurociência é de grande efetividade, já que trabalha não somente o lado emocional do coachee, bem como o seu lado racional. Isso faz com que a motivação “ensinada” possa ser racionalizada ao ponto de o indivíduo aumentar o seu poder de automotivação, levando os benefícios do neurocoaching para a vida toda.
Você já teve alguma experiência com o neurocoaching ou gostaria de saber mais sobre o assunto? Comente aqui abaixo.
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